Nascido em 1968, é desde 2004 diretor artístico do Teatro do Montemuro, do qual é também fundador. Nas inúmeras áreas que desenvolve, destaca-se o trabalho como ator, tendo participado praticamente em todas as produções da companhia, o que lhe permitiu uma vasta abordagem a diferentes linguagens e estéticas artísticas, proporcionada também por um vasto leque de criadores com quem vai trabalhando ao longo dos últimos 25 anos de atividade regular. A experiência adquirida advém de um contínuo trabalho prático, em paralelo com inúmeras formações nas quais tem vindo a participar enquanto formando, nomeadamente Comédia D'ell Arte, Clown, movimento, interpretação, oralidade, percussão, escrita criativa, caracterização, lutas em palco, teatro gestual, entre outras. Também na área da formação, tem vindo a desenvolver ações em que participa como formador. Teve uma breve passagem pelo cinema com a adaptação da peça “Lobo Wolf”. O conhecimento que foi adquirindo ao longo do tempo despertou-lhe outras ambições que paulatinamente vai acrescentando ao seu trabalho, entre as quais o trabalho como encenador, mas principalmente na área da dramaturgia, adaptando histórias para diferentes contextos: criando peças contemporâneas, baseando-se na universalidade das coisas para depois transportá-las para o seu próprio universo e que passa muitas vezes por viajar dentro do imaginário poético da ruralidade e das suas vicissitudes, valorizando assim a singularidade e diversidade da língua portuguesa através da preservação das histórias enquanto ativo vivo do nosso património e salvaguardando a sonoridade das palavras enquanto veículo narrativo. Textos como o “Amor” (2005), “Viagem dos Sentidos” (2009), “Perdido no Monte” (2010), “A Voz que não se ouve” (2012), ou “Lendas vivas tradições contadas” (2014) são algumas das obras que demonstram o seu investimento como autor.