Introduction

MIGRAR

Percurso Performativo com as Pessoas dos Lugares.

MIGRAR

Migrar 2021_3_Ana Veronica
Migrar 2021_2_Ana Veronica
Migrar 2021_1_Ana Veronica

Chegar. Caminhar. Olhar e ver.
Dar tempo para o espaço se tornar nosso lugar.
Caminhar como acção estética (e política não?).
Ter vontade de errar em dose dupla: andar ao acaso e ir pelo caminho errado.
Ser espectador e protagonista do nosso lugar.
Caminhar para habitar o mundo. E para nos habitarmos de mundo.
Caminhar para ser.


Artista: Amarelo Silvestre

Género Artístico: Performance-percurso

Classificação etária: M/16

Duração: 180 minutos de percurso aproximadamente, com pausas

Apresentação em Territórios ARTEMREDE:

ALCANENA    16 de julho de 2021, sexta-feira, às 19:00
ALCOBAÇA    24 de julho de 2021, sábado, às 17:00
MONTEMOR-O-NOVO    10 de julho de 2021, sábado, às 21:00
SOBRAL DE MONTE AGRAÇO    1 de agosto de 2021, domingo, às 16:00

+ Info: Lotações limitada a 14 participantes.

Uma proposta Amarelo Silvestre criada em 2012, agora re-criada por Fernando Giestas, Rafaela Santos e Rita Camões
Orientação dos percursos 2021 | Fernando Giestas e Rita Camões

Informações e Inscrições:

ALCANENA
Cine-Teatro São Pedro
(+351) 249 889 010

ALCOBAÇA
Cine-Teatro de Alcobaça
João D’Oliva Monteiro
cine.teatro@cm-alcobaca.pt
(+351) 262 580 890 / 892
www.cineteatro.cm-alcobaca.pt

MONTEMOR-O-NOVO
(+351) 934 528 351

SOBRAL DE MONTE AGRAÇO
Cine-Teatro (+351) 261 948 322 | cineteatro@cm-sobral.pt

Sobre os Lugares de Migrar

1. A Criação de Adão

Migrar é caminhar para outro Lugar. O caminho faz-nos ir e parar. Olhar e ver.
Eis-nos chegados a um Lugar. Um estabelecimento comercial com artigos de cozinha e de decoração. Estatuetas e quadros por entre jarras e copos de vidro. “A Criação de Adão”, de Michelangelo, ao fundo, em plano central. E os corpos, os nossos, páram ainda mais para deixar os olhos ver melhor. Deus de braço direito estendido para Adão e Adão de braço esquerdo estendido para Deus. Os indicadores de um e outro quase se tocam.
Voltamos ao caminho para outro Lugar. Migrar é caminhar.

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2. O mar de milho.

Migrar é caminhar para outro Lugar. O caminho faz-nos ir e parar. Olhar e ver.
Eis-nos chegados a um Lugar. Daqui de cima vemos um milheiral lá em baixo. As rajadas de vento refrescam o sol quente e fazem o milho parecer um corpo em volteios irregulares, água revolta, mar. Ondas que ora vêm, ora vão, ora se batem umas contra as outras.
Se olharmos para trás, as nossas sombras habitam a matéria de que é feito este Lugar.
Voltamos ao caminho para outro Lugar. Migrar é caminhar.

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3. Picasso ou Empreiteiro?

Migrar é caminhar para outro Lugar. O caminho faz-nos ir e parar. Olhar e ver.
Eis-nos chegados a um Lugar. O que é isto que vemos? O que resta de ombreiras e vergas de uma janela? Uma moldura? Aquilo é cimento de trolha ou é aguarela de pintor? Isto é arte ou construção civil? Há mais de Picasso ou de Empreiteiro neste lugar que vemos?
Voltamos ao caminho para outro Lugar. Migrar é caminhar.

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Imagens: © Ana Verónica / Rafaela Santos / Fernandos Giestas

Textos Amarelo Silvestre

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